Joana Miranda, candidata do PCTP/MRPP à presidência da Câmara Municipal de Lisboa, encabeçou hoje, dia 10 de Agosto, uma delegação do partido que visitou o centenário e popular bairro da Mouraria.
Percorrendo as várias ruas do bairro, teve a oportunidade de falar com alguns dos seus moradores, bem como com pequenos comerciantes, e apercebeu-se que o bairro padece da mesma política de abandono e degradação a que Lisboa foi sujeita por sucessivos executivos camarários onde, se é certo que pontificaram os partidos do bloco central – PS e PSD – todos os partidos do chamado arco parlamentar, a sós ou coligados, foram responsáveis pelo sequestro da capital a favor dos interesses do pato-bravismo e da especulação imobiliária, da invasão automóvel e da perseguição ao cidadão com taxas, multas e emulomentos.
A visita à Casa da Achada foi elucidativa da política de abandono a que o actual e os anteriores executivos camarários votam a cultura. A casa e o magnífico espólio de Mário Dionísio – autor, pintor, escritor e outras coisas – estão sempre em risco de não poderem ser apreciados por quem os desejar visitar e disfrutar. O ano passado, por exemplo, não beneficiaram de qualquer subvenção camarária ou estatal, o que implicou a abertura em apenas 3 dias por semana, situação que se estendeu durante os mêses de Janeiro a Março deste ano. E, apesar de terem recebido algum apoio financeiro, tardio, por parte da CML este ano, nada garante que para o ano o mesmo se passará.
Impressionante foi também observar a iniciativa de uma foto/ galerista oriundo do Reino Unido que polvilhou algumas das ruas do bairro da Mouraria com telas que são retratos de alguns dos mais populares habitantes do bairro e que evidenciam o espírito bairrista e solidário que existe entre os moradores.
Evidenciado ficou, também, que os níveis de degradação do bairro não são maiores porque, alguns dos seus moradores, a expensas próprias e com muitos sacrifícios, lá vão tendo o brio que António Costa e a CML não têm tido e vão procedendo a alguns arranjos e melhoramentos em portas e janelas e, até, em pinturas e restauro de fachadas.
Com energia e com convicção para resgatar uma Capital que está sequestrada por interesses anti-populares e para mostrar como queremos e podemos fazer que esta situação seja alterada, a candidata reafirmou estar pronta para travar, com todas as suas forças, este combate pelo progresso, pela cultura e pelo bem estar, pelo que conta com o apoio dos moradores da Mouraria para transformar o bairro e Lisboa naquilo que a nossa querida e amada cidade merece e pode ser: uma bela, avançada e progressiva capital europeia !
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